quinta-feira, fevereiro 04, 2010

A NOVA CARA DO REAL.




A nova cara do real

Após quase 16 anos de existência, o real sofrerá mudanças significativas a partir deste ano. O Banco Central, em parceria com a Casa da Moeda do Brasil (CMB), desenvolveu a segunda família de cédulas da moeda, que entrou em circulação em julho de 1994. O presidente Henrique Meirelles anuncia a novidade nesta quarta-feira 3/2, no Ministério da Fazenda, ao lado do ministro Guido Mantega.

O principal objetivo do BC é impor obstáculos mais sólidos às tentativas de falsificação do Real. A ação é preventiva, já que o crime tem sido controlado. Para aprimorar a segurança do dinheiro nacional, as cédulas contarão com novos recursos gráficos e elementos que dificultem o trabalho de falsários.

Tais inovações serão de extrema importância para a população, especialmente para os portadores de deficiência visual, que poderão diferenciar as notas com mais facilidade.

Dinheiro fabricado por equipamento de ponta

O projeto da segunda família do real começou a ser desenvolvido em 2003. Mas, para produzir as novas cédulas, a Casa da Moeda do Brasil (CMB) precisou modernizar seu parque fabril. Em 2008, foram adquiridos equipamentos de última geração na área de impressão de segurança. As máquinas se encontram em processo de instalação e de testes e estarão prontas para a produção ainda no primeiro semestre deste ano. Com as aquisições, a CMB se equipara às empresas mais modernas do ramo de impressão de segurança e se torna apta, novamente, a oferecer seus serviços a outros países.

4,2 bilhões

Essa é a quantidade de cédulas do real atualmente em circulação e que serão substituídas, aos poucos, pela segunda família de notas.

Estreia

Notas de R$50 e R$100
serão as primeiras a circular

As primeiras cédulas a chegar às mãos dos brasileiros serão as de R$50 e de R$100, ainda neste ano. Por serem os maiores valores em circulação, demandam maior segurança contra falsificações – mais de 90% das notas falsas apreendidas no BC pertencem às duas denominações. Em seguida, com previsão para o primeiro semestre de 2011, entram em circulação as novas cédulas de R$10 e de R$20. Já as de R$2 e de R$5 chegam às ruas no primeiro semestre de 2012. A substituição será feita aos poucos, à medida que as notas atuais forem retiradas em decorrência do desgaste natural.

Prevenir falsificação
é responsabilidade social

O volume de falsificações no Brasil não chega a representar ameaça séria à economia nacional, pois tem diminuído gradualmente desde 2008 (ver gráfico). Mas a ação do BC, ao prevenir o país contra a ação dos falsários por meio da inserção de novos mecanismos de segurança nas cédulas, é questão de responsabilidade social. O cidadão comum que recebe uma nota falsa corre o risco de sofrer prejuízo significativo em seu orçamento. Portanto, nada melhor que poder verificar com segurança a autenticidade do próprio dinheiro.


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